O VALOR FORMATIVO DA ARTE DA RETÓRICA PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES

Rosâni Kucarz da Cunha

Resumo


O artigo tem por objetivo ressaltar o valor formativo da arte retórica na formação de formadores, a partir da problemática que envolve a contribuição do valor formativo da aplicação da arte retórica no processo de formação cultural, frente ao avanço da precariedade da linguagem verbal e escrita pela falta do domínio da língua materna. O artigo se constitui na apresentação da arte retórica contemplada em alguns dos temas discutidos pelos expoentes do movimento sofista, Protágoras e Isócrates, como também na crítica socrático-platônica inserida nos diálogos de Platão. Os textos de Protágoras e Isócrates estão mediados pelos comentadores contemporâneos, Werner, Pessanha, Euzebio e Curtius. Inclui-se na reflexão sobre a importância do valor formativo da arte retórica a crítica nietzschiana direcionada aos estabelecimentos de ensino, na Alemanha do século XIX. No horizonte desses referenciais teóricos, a natureza dessa investigação adentra-se no processo metodológico de análise interpretativa dos pressupostos teóricos explorados, cujo resultado da investigação consiste no efeito inspirador da arte retórica no processo de formação, inclusive para os formadores. Outro resultado da investigação é explorar a sofística de forma distanciada da perspectiva que, pejorativamente, aponta a arte da retórica como unicamente a arte da persuasão. Por fim, com apoio da crítica nietzschiana à educação do século XIX, o artigo sugere a arte retórica como inspiração para, a partir dela, ressignificar a importância da língua materna para o enfrentamento dos formadores diante das reformas educacionais que tendem a enfraquecer a formação de uma cultura emancipadora para o século XXI.

O artigo tem por objetivo ressaltar o valor formativo da arte retórica na formação de formadores, a partir da problemática que envolve a contribuição do valor formativo da aplicação da arte retórica no processo de formação cultural, frente ao avanço da precariedade da linguagem verbal e escrita pela falta do domínio da língua materna. O artigo se constitui na apresentação da arte retórica contemplada em alguns dos temas discutidos pelos expoentes do movimento sofista, Protágoras e Isócrates, como também na crítica socrático-platônica inserida nos diálogos de Platão. Os textos de Protágoras e Isócrates estão mediados pelos comentadores contemporâneos, Werner, Pessanha, Euzebio e Curtius. Inclui-se na reflexão sobre a importância do valor formativo da arte retórica a crítica nietzschiana direcionada aos estabelecimentos de ensino, na Alemanha do século XIX. No horizonte desses referenciais teóricos, a natureza dessa investigação adentra-se no processo metodológico de análise interpretativa dos pressupostos teóricos explorados, cujo resultado da investigação consiste no efeito inspirador da arte retórica no processo de formação, inclusive para os formadores. Outro resultado da investigação é explorar a sofística de forma distanciada da perspectiva que, pejorativamente, aponta a arte da retórica como unicamente a arte da persuasão. Por fim, com apoio da crítica nietzschiana à educação do século XIX, o artigo sugere a arte retórica como inspiração para, a partir dela, ressignificar a importância da língua materna para o enfrentamento dos formadores diante das reformas educacionais que tendem a enfraquecer a formação de uma cultura emancipadora para o século XXI.


Palavras-chave


Retórica. Educação. Formação Humana.

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Referências


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